O véu, uma honra para a mulher!

Por Padre Juan Manuel Rodríguez de la Rosa

Publicado originalmente 09/11/2014, ADELANTE LA FE

Traduzido do espanhol por Luiz Silva.

Santo Ambrósio em seu tratado sobre a virgindade relata o fato histórico de uma jovem da nobreza forçada por sua família ao matrimônio. A jovem fugiu para a igreja, e junto ao altar suplica ao sacerdote que pronuncie sobre ela a oração de consagração das virgens e lhe imponha como véu a toalha do altar.

Esta toalha será para a jovem o sinal de seu desposório com Cristo. Esse véu, igual ao que cobre o altar para o Santo Sacrifício, cobrirá o novo altar do coração da jovem, onde oferecerá o sacrifício diário de sua virgindade como oferenda de agradável perfume ao Pai eterno.

Por que o véu na mulher?

Quero apontar, entre outras coisas, três razões:

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1ª. Porque é formoso.

O véu lhe recorda que não deve deixar-se levar pela concupiscência da beleza, nem arrastar a outros. É o sinal do pudor e do recato, da modéstia no ornato com que sempre deve viver e apresentar-se diante de Deus.

2ª. Porque é mãe.

De uma forma especial a mulher foi unida à obra criadora de Deus por sua própria maternidade. O véu lhe recorda que sua maternidade é sagrada, e, por isso, se cobre para indicar que, ao estar coberta, o mundo não pode daná-la nem ela pode deixar-se causar dano [à sua salvação]. E, além do mais, tudo o que é sagrado se cobre [com o véu].

3ª. Por sua maternidade espiritual.

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Este é um aspecto importantíssimo e desconhecido pela mulher. A mulher pudorosamente vestida, coberta com seu véu, em silêncio orante é fiel reflexo da imagem da Santíssima Virgem, que com seu silêncio e seu véu rezava incessantemente por seu Filho e meditava Sua obra redentora. O recolhimento dentro da igreja da mulher, com o sinal distintivo de seu véu, tem um fruto riquíssimo para a Igreja, para a santidade sacerdotal, o sustento moral e espiritual do clero e para o fomento das vocações. A maternidade espiritual é uma grandíssima e formosíssima vocação feminina, desgraçadamente muito desconhecida, mas de um valor que me atreveria dizer “estratégico” dentro da Igreja.

O falso feminismo ao que muitas mulheres cederam, separa a mulher de sua verdadeira vocação à maternidade e à família. Quanto dano sobreveio à mulher e à santidade da Igreja naquele dia em que, pela primeira vez, a mulher entrou na igreja sem seu véu! Ao retirar-se o véu já não pode evitar retirar também outras peças de seu vestuário. E hoje vemos com vergonha e tristeza a absoluta falta de pudor com que muitas mulheres entram na igreja. E como consequência desapareceu aquele apoio espiritual, aquela maternidade espiritual.

Mulher, veja o véu como a toalha do altar de teu coração onde hás de oferecer cada dia ao Senhor o sacrifício de tua vida entregue a tua família, onde oferecerás os presentes de teu pudor e modéstia no vestir.  Onde apresentarás as oferendas de tua maternidade ou de tua virgindade, e, em ambos os casos, as ofertas de tua maternidade espiritual.

O véu é uma honra para a mulher!

O véu é uma honra para ti!

FONTE: Apostolado FERR